O Yoga não é algo que nós fazemos,mas algo que somos e nos tornamos." Georg Feuerstein

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

disciplina e constância -- a trilha do Yoga

Todo este processo de transformação e aprimoramento não acontece da noite para o dia, mas sim ao longo dos anos de treinamento. Podemos entender a sala de aulas como um laboratório de vida que nos mostra como somos, a maneira como praticamos denota nosso comportamento no dia-a-dia e a prática regular é a principal ferramenta de lapidação não somente do nosso corpo físico, mas também de nossas emoções, pensamentos e atitudes.

O Yoga possui um conjunto de técnicas cada qual trabalha de um modo bastante único o indivíduo. Por exemplo, o ásana, técnica de consciência corporal , quando realizado com pouca permanência trabalha o corpo físico denso, quando permanecemos um pouco mais, atuamos no energético, mais tempo ainda lapidamos nosso emocional, mais permanência e desenvolvemos o mental, e num patamar ainda mais elevado chegamos ao intuicional. Por outro lado, os pránáyámas, ou respiratórios, atuam como uma ponte entre o consciente e o inconsciente, propiciando um acesso aos registros e experiências de vida que todos nós gravamos pouco a pouco em nossa consciência. Estes são apenas alguns exemplos, mas o horizonte de técnicas e atuações no ser humano vai muito mais além.

Quanto mais treinamos mais compreendemos e adquirimos tolerância frente a outras pessoas, isto torna o relacionamento humano muito mais fácil e saudável. São muitas as nuances trabalhadas, por exemplo, a agressividade, a possessividade, a ansiedade, o ciúme, a inveja, dentre outras. Mas a raiz de tudo isso é sempre uma, o medo. O trabalho do Yoga aumenta a auto-estima, a autoconfiança, e assim reduz as emoções pesadas, transformando-as em algo mais sutil e nobre.

O ego é uma ferramenta importante a qualquer indivíduo, buscamos desenvolvê-lo de forma sadia, a pessoa aprende a domá-lo e jamais se deixar levar por ele de modo inconsciente.

Outro ponto trabalhado é o aumento da vitalidade, da energia e da capacidade de realização. De posse destas características é natural que o indivíduo reduza seus medos, tornando sua vida muito mais realizadora, gratificante e plena.

Texto exraido do artigo de Gustavo CUnha